Sejam Bem-Vindos ao Blog MOVIMENTOS SOCIAIS

Integrantes do grupo:

Clébio Tadeu Lucchi; Elaine da Silva Ferraz; Felipe Kosloski
Jornada Favaro; Marcia Baptista Merlo; Marcia Angelo
Marinalva Mendes; Maria Selma de Aguiar; Taísa Vilela Pelissari

Sugestões e Análies

Durante a leitura dos textos e da análise e entendimentos dos conceitos apresentados, conseguimos elaborar algumas sugestões e chegarmos a algumas análises, que achamos ser pertinentes ao acance da qualidade de vida da sociedade Pinheirense, tendo em vista alguns projetos desenpenhados no ambito da adminstração municipal:
  • Se por questões politicas ou motivados por espírito de justiça e igualdade (pois aqui se emprega juízo de valor), fato é que, mesmo colhendo frutos de uma herança racista e sexista, não se aceita mais representantes que não lutem e trabalhem pelos menos favorecidos e esquecidos. Aquele administrador que discriminava a mulher, o trabalhador rural, o assentado, o negro, não é mais bem-visto pela sociedade, mesmo que em seu seio ela ainda empregue comportamentos contrários, escolhe representantes que direcionam seu olhar para os cidadãos e grupos de maior vulnerabilidade, talvez, o real motivo seja, que a sociedade queira criar em seu pensamento um senso de alívio mais do que a consciência de democracia racial (o que está longe de ser atingido).
  • Dentro do município de Pinheiros, as mulheres com alta vulnerabilidade social começam a ser assistidas e oportunizadas pela secretaria de assistência social com os cursos profissionalizantes oferecidos pelo CRAS e, hoje se tem a proposta de melhorar ainda mais esses cursos, por meio de parcerias com o SEBRAE. Tendo em vista que as mulheres são escolhidas trazendo como critério baixa renda, geralmente integrantes do programa bolsa família, percebo em eventos e programações uma maioria negra. Outro ponto importante é dar acesso as mulheres do campo, que por anos foram reduzidas ao trabalho domestico enquanto os maridos e pais se dedicavam ao trabalho rural, hoje, elas tem a oportunidade de se profissionalizar e engraçar no mercado de trabalho. Em contato com elas, pude colher depoimentos emocionados, inclusive de uma senhora de 83 anos, que pela primeira vez está tendo a oportunidade de ter um afazer extra.
  • Ainda muito precisa ser feito, talvez com o olhar de um gestor em gênero e raça, possamos apresentar dados marcantes e em contrapartida apresentar sugestões que viabilizem políticas públicas que levem em consideração a maior vulnerabilidade da mulher, sobretudo a mulher negra. Sugerindo campanhas educativas, ainda mais cursos, facilidade no mercado de trabalho, incentivo ao ingresso nas faculdades, ente outros, podemos despertar nos governantes uma atenção ainda maior para esses seguimentos. Contudo, não podemos fechar os olhos, e afirmar, que porque ainda existe racismo nada é feito em prol dos menos favorecidos. Reconhecer projetos, avanços e desenvolvimento também é uma forma de valorizar todas as raças e gêneros. Assim, penso que um dos pontos centrais e decisivo dos textos é que não basta realizações de políticas públicas e esforços dos governos. A sociedade e as entidades não governamentais precisam abraçar a causa e se entrelaçar aos gestores públicos para tirar do papel os conceitos de democracia e coloca-los em prática na sua vivencia cotidiana, no trabalho, na escola, no bairro e na cidade. Mais que lutar por igualdade econômica precisamos brigar por respeito às diversidades. 
  • Além de perceber a importância do trabalho do gestor de gêneros e raças dentro de uma empresa, seja ela pública (como as prefeituras e órgãos do governo), quanto as empresas privadas. Percebo que não basta a implementação de políticas públicas, se antes, não forem feitos diagnósticos e análises para apontar os verdadeiros necessitados. Daí ai importância do gestor, este pode apontar os caminhos e transparecer para os administradores a importância de estudos, simulações e avaliações durante o processo das políticas públicas, pois quanto mais focada for a ação, mais rápido atingiremos o ideário de igualdade e alcançaremos um desenvolvimento humano maior e melhor. 
  • Para respaldar meu raciocínio, cito a antropóloga Alba Zaluar: “políticas focais só são eficazes quando o diagnóstico da situação e a delimitação do setor populacional a ser beneficiado for preciso. Caso contrario, pode-se pensar que a compensação serve mais ao clientelismo político, cujo objetivo é sobretudo eleitoral. Neste caso a compensação monetária pessoal torna-se premio pela lealdade a um político ou governo.” 
  • Enquanto gestores podemos tentar avaliar as diretrizes implantadas na administração, por meio, do dialogo como o publico alvo e observação dos beneficiados e das ações propostas. E tentar demonstrar aos gestores políticos quais as ferramentas no diagnostico do público alvo. Cito novamente os projetos desenvolvidos pelo CRAS e o programa Estação Digital, será que eles atingem os mais vulneráveis, economicamente e excluídos, respectivamente? Será que as mulheres que recebem os cursos, são as que mais precisam ser oportunizadas? Será que as sedes das estações digitais se encontram nos bairros mais excluídos? Esses questionamentos devem ser feitos anteriores a implantação do processo. Assim podemos dizer que políticas públicas, necessitam de um vasto estudo antes de ser implantado. Por que não, antes de começar os cursos, criar cotas para mulheres e crianças negras; fazer uma análise socioeconômica nos bairros mais carentes, pode-se contar com a ajuda das escolas para selecionar as crianças mais necessitas de inclusão social e digital; pode-se analisar as deficiências no mercado de trabalho pinheirense, observando as necessidades do comercio local e as carências de homens e mulheres. Muito pode ser feito, basta analise, estudo, e avaliação do que já está sendo feito.